Vou logo começar a falar
E do nosso falar que
Há diferenciação
Porque cada região
Tem seu jeito de falar
O Nordeste é excelente
Tem um jeito diferente
Que a outro não se iguala
Alguém chato é Abusado
Se quebrou, Tá Enguiçado
Enguiçar é Dar o Prego
Fofoca aqui é Fuxico
Desistir, Pedir Penico
Lugar longe é Caxaprego
Ladainha é Lengalenga
E um estouro é Pipoco
Qualquer botão é Pitoco
E confusão é Arenga
Fantasma é Alma Penada
Palavrão é Nome Feio
Agonia é Aperreio
E metido é Amostrado
O nosso palavreado
Não se pode ignorar
Pois ele é peculiar
É bonito, é Arretado
E é nosso dialeto
Sendo assim, está correto
É assim que a gente fala
E falando do sertão vou logo e dizer
Ai, como é duro viver
Nos Estados do Nordeste
Quando o nosso Pai Celeste
Não manda a nuvem chover.
É bem triste a gente ver
Findar o mês de janeiro
Depois findar fevereiro
E março também passar,
Sem o inverno começar
No Nordeste brasileiro.
Nos Estados do Nordeste
Quando o nosso Pai Celeste
Não manda a nuvem chover.
É bem triste a gente ver
Findar o mês de janeiro
Depois findar fevereiro
E março também passar,
Sem o inverno começar
No Nordeste brasileiro.
Foge o prazer da floresta
O bonito sabiá,
Quando flagelo não há
Cantando se manifesta.
Durante o inverno faz festa
Gorjeando por esporte,
Mas não chovendo é sem sorte,
Fica sem graça e calado
O cantor mais afamado
Dos passarinhos do norte.
O bonito sabiá,
Quando flagelo não há
Cantando se manifesta.
Durante o inverno faz festa
Gorjeando por esporte,
Mas não chovendo é sem sorte,
Fica sem graça e calado
O cantor mais afamado
Dos passarinhos do norte.
Nordeste dos literatos
De Amado e Alencar
Terra de Gonçalves Dias,
De Bandeira e Gullar.
Terra de Gilberto Freyre,
Da poesia e da prosa
Terra de Coelho Neto
E do grande Rui Barbosa
Terra de Castro Alves,
Suassuna, João Cabral,
Terra de Graciliano,
Patativa, fenomenal!
De Amado e Alencar
Terra de Gonçalves Dias,
De Bandeira e Gullar.
Terra de Gilberto Freyre,
Da poesia e da prosa
Terra de Coelho Neto
E do grande Rui Barbosa
Terra de Castro Alves,
Suassuna, João Cabral,
Terra de Graciliano,
Patativa, fenomenal!
Terra de tanto expoente,
Do cordel e do repente,
Do frevo alegre e fremente
Que chega pra incendiar.
Terra do tambor-de-crioula,
Do coco e do cupuaçu,
Do acarajé, da buchada,
Da cambinda e da cambada,
Ao som do maracatu.
Do cordel e do repente,
Do frevo alegre e fremente
Que chega pra incendiar.
Terra do tambor-de-crioula,
Do coco e do cupuaçu,
Do acarajé, da buchada,
Da cambinda e da cambada,
Ao som do maracatu.
E só pra terminar vou logo a falar
Não troco esse lugar por aquele que e "daculá"
Pois aqui tem riquezas e belezas que não existe em outro lugar!
Dois pontos e meio. Atenciosamente,
ResponderExcluirProfessor César Augusto